segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Gestação

Guio-me em suas direções,
Esquivam-se, acenam e fogem.
Sentido em vão,
Não acolhem os meus motivos;
Enganado me desativo.
Querendo eu quero me viver,
Poder certas leis,
Criar o meu próprio útero,
Selecionar os meus gens
E fazer a minha vez.
Primíparo, eu quero nascer de mim,
Sem data,
Sem cor,
Sem sobrenome,
Sem pátria,
Sem bisturi.
Eu quero escancarar as minhas veias
E sentir o gozo do circular do oxigênio,
Provar o sabor do que foi me negado
E encontrar assim, a rezão de ser.

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