quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Congênita

À noite
É de lua cheia.
Criatura onírica,
Cidadão do agora,
Apóstata do mundo;
Mundo brinquedo,
Mundo cristal.
Somos partículas
De perversidade congênita,
E de ti não temos piedade.
És lúcido,
Quando indiferente aos padrões
Que concebemos normais.
Nos taxamos de equilibrados,
E tantas vezes nos flagamos neuróticos
Vagando pela razão deste mundo insano.
Malucos, pervertidos, esquisofrênicos...
Todos andando por aí vestindo as nossas camisas-de-força,
Exilando em suas vidas as desculpas dos doentes
Que não admitimos ser.

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