terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Refúgio de Menina

Mulher acanhada
Pés descalços na terra
E cabelos esvoaçados ao vento.
Trepa o muro,
Joga pedrinhas,
Salta amarelhinha.

Mulher acanhada,
Abre esse seu coração pulsante
Aos sentimentos deste amante.
Esses seus lábios amorangados
Nem murmuram um olá desajeitado.

Mulher acanhada,
Não me insulta,
Nem sorri,
Esconde no rosto rubro
Toda vergonha de mim.

Mulher acanhada,
Teima em não querer o amor
Que faz morada em meu olhar,
Pois, as meninas dos meus olhos
Enfeitam-se quando lhe vejo passar.

Mulher acanhada,
De timidez complexada,
Deixe-me habitar o seu mundo
A encorajar-lhe em seus medos,
Fazendo-lhe ser amada.

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